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O Caminho Seguro das Águas

Revestimentos externos de tubos em ferro dúctil

Revestimentos externos de tubos em ferro dúctil

REVESTIMENTO EXTERNO

O revestimento externo tem por função assegurar uma proteção durável, de acordo com a corrosividade dos solos.

A Saint-Gobain Canalização oferece uma gama completa de revestimentos externos adequados a todos os casos de corrosividade dos solos. Os revestimentos externos dos tubos e conexões da Saint-Gobain Canalização podem ser classificados em três categorias, conforme a corrosividade dos solos:

• proteção clássica, conveniente à grande maioria dos casos;

• proteção reforçada, utilizada nas Linhas para Transporte de Água e Esgoto para aplicação em solos de corrosividade elevada.

• proteção especial, adequadas aos solos de corrosividade extremamente agressivo.

 

Se solicitada pelo cliente, a equipe técnica da Saint-Gobain Canalização efetua estudos de solo, a fim de aconselhar a solução mais adequada.

 

O quadro abaixo apresenta a gama de revestimentos externos:

Proteção

Tubos

Conexões

Linha para Transporte de Água

Linha para Transporte de Esgoto

Linha para Transporte de Água

Linha para Transporte de Esgoto

Clássica

Zinco
+
Pintura Betuminosa

Zinco
+
Pintura Epóxi

Pintura Betuminosa

Pintura Epóxi

Reforçada

Manta de Polietileno

Manta de Polietileno

Manta de Polietileno

Especial

PU/PE

PU/PE

PU/PE

Manta de Polietileno

 

PROTEÇÃO GALVÂNICA

Zinco metálico:

Revestimento com Zinco Metálico de teor igual ou superior a 99% aplicada por projeção sobre a superfície do tubo.

 

Composição do Revestimento

O revestimento padrão é constituído:

• por uma camada de zinco metálico com 200g/m² aplicada por projeção (quantidade mínima: 130g/m2, em conformidade com a NBR 11827;

• por uma pintura betuminosa (cobertura porosa) de espessura média de 120 microns.

Mecanismo de proteção:

A metalização do zinco é uma proteção ativa devido à ação galvânica da pilha de ferro-zinco. Seu mecanismo é duplo:

 

Formação de uma camada de proteção estável:

 

Em contato com o terreno o zinco metálico se transforma, lentamente, em uma camada densa, aderente, impermeável e contínua de sais de zinco insolúveis. Constitui, assim, uma camada protetora.

A pintura de acabamento completamente permeável permite o processo de proteção galvânica e a cicatrização, favorecendo a formação de uma camada estável e insolúvel de produtos de conversão do zinco.

 

Autocicatrização das fissuras:

Este mecanismo se produz cronologicamente em primeiro lugar. Uma das particularidades do revestimento externo de zinco é sua capacidade de restaurar a continuidade da camada protetora onde existem danos locais de extensão reduzida.

 

Os íons Zn++ migram através da camada porosa para colmatar as fissuras, se transformando, em seguida, em produtos de corrosão do zinco, estáveis e insolúveis.

 

Campo de aplicação

O revestimento à base de zinco é prescrito conforme a norma NBR11827 e resiste à maioria dos solos. Confirmado por uma longa experiência, a Saint-Gobain Canalização o escolheu como revestimento padrão de base para toda sua produção de tubos para transporte de água e esgoto.

 

Existem, contudo, alguns casos onde o revestimento de zinco necessita ser reforçado por uma manta de polietileno.

Nos casos extremos de corrosividade dos solos, um isolamento completo da canalização, limitando a zona de alta corrosividade, faz-se necessário.

 

IMPORTANTE:

A equipe técnica da Saint-Gobain Canalização efetua estudos de solos, quando solicitados pelo cliente, a fim de orientar quanto ao revestimento externo mais adequado.

 

NORMAS

NBR 11827: Revestimento externo de zinco em tubos de ferro dúctil.

 

CORROSIVIDADE DOS SOLOS

As canalizações enterradas são submetidas a várias solicitações, entre elas a agressividade dos terrenos e dos reaterros. As canalizações da Saint-Gobain Canalização possuem uma boa resistência à corrosão, própria do ferro fundido. Essa resistência é aumentada com um revestimento de zinco. Contudo, a corrosividade dos solos deve ser avaliada, para decidir sobre a necessidade de uma proteção adicional com manta de polietileno.

 

IMPORTANTE:

A equipe técnica da Saint-Gobain Canalização efetua estudos de solo, quando solicitada pelo cliente.

 

Estudo topográfico:

Índices gerais de corrosividade

Os índices gerais de corrosividade são determinados com a ajuda de levantamento detalhado do local:

• o relevo do solo: os pontos altos são mais secos, logo pouco corrosivos; os pontos baixos são mais úmidos, logo suscetíveis de uma corrosividade mais forte

• cursos de água, zonas úmidas;

• charcos, pântanos, lagos, zona de turfa e outras, ricas em ácidos orgânicos, bactérias etc;

• os estuários, pôlders, mangues e terrenos salinos situados próximos ao mar.

 

Índices de poluição e de corrosividade específicos

Com o auxílio de plantas topográficas, determina-se:

• as zonas poluídas por efluentes diversos, tais como estéreos, rejeitos de efluentes industriais, etc. ou por águas servidas, de origem doméstica;

• os depósitos de origem industrial, tais como escórias e carvão;

• a proximidade de obras, onde os coletores de efluentes não sejam estanques, as instalações industriais ou de equipamentos utilizando corrente elétrica contínua (obras protegidas catodicamente, tração elétrica, usinas, redes elétricas etc.).

 

O estudo detalhado do local permite determinar as diferentes variáveis encontradas e informa sobre a natureza dos terrenos e sua corrosividade natural.

 

Estudo geológico:

Podem-se distinguir, em primeira análise, terrenos:

Com baixo risco:

• areias e cascalhos;

• materiais inorgânicos;

• calcários.

Com risco elevado:

• argilas

Com risco muito elevado:

• gipsita

• piritas (ferro: pirita, calcopirita, cobre)

• sais para indústrias químicas (cloreto de sódio, sulfato de cálcio);

• combustíveis fósseis (linhitos, turfas, carvões, betumes).

 

Hidrogeologia

A umidade é um fator agravante à corrosividade de um terreno. O estudo hidrogeológico determina os terrenos impermeáveis, suscetíveis de reter água, assim como as zonas aquíferas. O limite de separação desses terrenos é quase sempre marcado por nascentes de mananciais. É importante considerar este limite com muita atenção, uma vez que a corrosividade do terreno impermeável pode ser muito alta: ele tem a mesma corrosividade de terrenos aquíferos, quando drenam os terrenos vizinhos que podem apresentar substâncias minerais solúveis (cloreto de sódio, sulfato de cálcio etc.).

 

Estudo sobre o terreno:

O estudo sobre o terreno permite, por observações visuais, a verificação da resistividade e análises (amostras do solo), para confirmar e completar os resultados topográficos e geológicos. A resistividade elétrica de um solo indica a sua capacidade de facilitar o fenômeno de corrosão eletroquímica sobre o metal. É um parâmetro particularmente significativo visto que:

• integra praticamente todos os fatores influentes na corrosividade (teor de sais, presença de água...);

• é muito fácil de medir no local (método WENNER ou quatro estacas).

 

Os diferentes tipos de análises são feitos sobre o traçado previsto para a canalização. Seu espaçamento é função da topografia do terreno e dos valores encontrados. Um solo é tanto mais corrosivo quanto menor for sua resistividade. Para resistividades inferiores a 3000 ohms x cm, considera-se que é conveniente confirmar as medições em uma amostra colhida à profundidade do assentamento e medir a resistividade em laboratório, em célula tipo “soil - box”.

 

Proteção das canalizações de ferro dúctil:

A experiência acumulada em dezenas de anos pela Saint-Gobain Canalização mostra que uma porcentagem elevada dos solos apresenta baixa corrosividade ou média, o que permite utilizar as canalizações Saint-Gobain Canalização

com sua proteção externa clássica: revestimento com zinco metálico e pintura de acabamento betuminosa.

 

Certos locais necessitam de uma proteção reforçada ou espacial. São os solos:

• de resistividade inferior a 2500Ω x cm (solos mal drenados) ou de 1500Ω x cm (solos bem drenados);

• com pH inferior a 5,5;

• constituídos por reaterros artificiais (resíduos minerais, escórias) ou poluídos por efluentes industriais ou agrícolas.

 

A manta de polietileno deve ser igualmente utilizada nos casos onde existe a presença de correntes parasitas (vias férreas, proximidade de instalações industriais com corrente contínua, ou redes com proteção catódica, redes elétricas, etc.).

 

MANTA DE POLIETILENO

A manta de polietileno é um filme de polietileno de baixa densidade, com espessura mínima de 200 μm, que envolve a canalização no momento do assentamento. É utilizada como um complemento do revestimento externo das canalizações (zinco metálico + pintura acabamento) em casos de corrosividade elevada dos solos ou da existência de correntes parasitas.

 

Descrição:

A manta de polietileno é aplicada sobre o tubo ou conexão e fixada por meio de fitas plásticas adesivas, a cada extremidade e ligações intermediárias com arame revestido de plástico.

 

A técnica de revestimento consiste em utilizar uma manta para o corpo do tubo (instalada fora ou dentro da vala) e uma manta para a junta (instalada na vala após a montagem dos tubos). O conjunto assim obtido reforça a eficácia da proteção.

 

     

 

Mecanismo de proteção:

A manta de polietileno atua como complemento do revestimento de proteção galvânica. Seu mecanismo de proteção consiste não só em isolar as canalizações do contato direto com o solo corrosivo (supressão do par eletroquímico) mas também evitar as entradas e saídas de correntes parasitas.

 

Em caso de infiltração mínima de água sob a manta, a proteção complementar é assegurada por este dispositivo, pois ocorre a substituição de um meio heterogêneo (o solo) por um meio homogêneo confinado e de baixa espessura (água do solo).

 

Campo de aplicação:

A Saint-Gobain Canalização recomenda a instalação desta proteção complementar para os solos de corrosividade elevada, entre os quais:

• os solos de baixa resistividade elétrica (indício de uma forte corrosividade)

• zonas com presença de correntes parasitas

• solos cuja análise revela um teor elevado de sulfatos ou cloretos, ou uma atividade bacteriana;

• solos com elevada concentração de materiais orgânicos.

 

Sua utilização pode ser decidida no momento da abertura da vala, se as condições locais a justificarem.

 

IMPORTANTE:

A equipe técnica da Saint-Gobain Canalização está apta a efetuar estudos dos solos com a finalidade de recomendar a proteção mais adequada.

 

Instalação:

A Saint-Gobain Canalização fornece a manta de polietileno e o treinamento necessário, com a finalidade de facilitar as operações de instalação, melhorar e garantir a qualidade do assentamento.

 

NORMAS

NBR12588: Aplicação por envoltório de polietileno para tubos e conexões de ferro dúctil.

Gabriel Oliveira
Desenvolvedor
Usuário Teste para criação e migração de conteúdo