Escrito por Bruno Gomes de Souza, Supervisor de Meio Ambiente da Saint-Gobain Canalização.
Em 1860 John Tyndall fazia experimentos com gás carbônico. Ele concluiu que o CO2 tinha um papel importante para o clima, absorvendo a radiação infravermelha e alterando a temperatura do planeta. John fez isso no mesmo período histórico em que os primeiros motores a combustão começaram a aparecer, só que os instrumentos usados por ele eram arcaicos e as condições dos experimentos foram colocadas em dúvida. Em 1938 durante estudos a respeito das possíveis causas das eras glaciais, Guy Stewart Callendar viu em primeira mão que o planeta estava aquecendo de maneira gradual.
Nos anos seguintes, providos de melhores recursos e a utilização de computadores, cientistas se empenharam para expandir os trabalhos anteriores. Dentre eles havia Gilbert Norman Plass, que em 1953 presumiu que no ano 2000, a atmosfera terrestre teria 30% mais CO2 que no ano de 1900 e Charles David Keeling, que em 1961 apresentou ao mundo a “Curva de Keeling”, um gráfico que demonstra a acumulação gradual de CO2 na atmosfera e estabelece um padrão para as medições, que é seguido até hoje.
Na década de 70, em meio ao derretimento acelerado de grandes geleiras, a Comunidade Internacional percebe que algo precisa ser feito. Após anos de debates, em 1986 é estabelecido o “Serviço Mundial de Observação de Glaciares”, sediado em Zurique na Suíça. Esse foi o primeiro esforço para lidar com as consequências das mudanças climáticas, mas que também abriu para caminho para que em 1988 fosse criado o IPCC - Painel Intergovernamental Sobre as Mudanças Climáticas, uma instituição relevante nesses aspectos e que fornece aos legisladores avaliações regulares, com base científica sobre as mudanças climáticas, seus impactos, riscos futuros e opções de adaptação e mitigação.
Em um de seus últimos relatórios publicados, há como base mais de 6.000 estudos científicos diferentes, que estabelecem e determinam que o aquecimento do planeta é inequívoco, e que a razão do aquecimento é, com elevadíssimo grau de certeza, a emissão de gases estufa pelas atividades humanas. O texto explica que as temperaturas globais podem ter um aumento de cerca de 4,8ºC até 2100 e esse aumento da temperatura implica várias mudanças ambientais. Na medida em que a água dos oceanos se aquece, criam-se condições propícias para a formação de tufões, furacões e ciclones. Da mesma forma, o regime de chuvas, as correntes marinhas e o padrão dos ventos seriam alterados, causando mais secas e enchentes. No cenário mais pessimista, a elevação do nível do mar poderia chegar à 80 centímetros em 2100, tornando áreas costeiras inabitáveis e forçando movimentos migratórios.
No intuito de contribuir para um desenvolvimento sustentável mais concreto, para a consolidação de uma economia com produtos de baixa emissão de carbono, a Saint-Gobain Canalização vem aplicando esforços, investimentos e iniciativas no que diz respeito à mudança do clima. Tratando o tema como vital não só para o seu desenvolvimento como indústria, mas como oportunidade para toda a sociedade.
Mesmo com processos de produção restritos e de complexas modificações, a empresa se mantém engajada na agenda de mudança do clima, buscando se tornar cada vez mais inovadora e eficiente no consumo de recursos naturais e no uso da energia. O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável, mesmo operando sob condições desafiadoras. Para a Saint-Gobain Canalização, a seriedade do tema, faz com que a agenda de mudanças climáticas ultrapasse a esfera estritamente ambiental e hoje permeie setores, processos, produtos e serviços.
A definição e aplicação de políticas é fundamental para que se possa inovar e avançar, sem comprometer a continuidade do negócio a médio e longo prazo. Em 2003, o Grupo Saint-Gobain se uniu ao Pacto Global das Nações Unidas em conformidade com os seus Princípios de Comportamento e Ação. Posteriormente, o Grupo ampliou seu compromisso com o Pacto Global e endossou o “Cuidado com o clima, no combate às mudanças climáticas”. Além disso, em 2015, na ocasião da 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP21), o Grupo Saint-Gobain, como parceiro oficial do evento, intensificou seu compromisso na luta contra o aquecimento global, visando reduzir em 15% o seu consumo de energia, 20% suas emissões totais de CO2 até 2025 e também diminuir em 80% os rejeitos de água industriais nos próximos 10 anos.
Referências:
Canal Meteoro Brasil https://www.youtube.com/watch?v=jN0QdHrBIjs https://www.youtube.com/watch?v=stBugiqg2jk
A Global Strike for Climate Change https://www.youtube.com/watch?v=6G3LWwf0AYI
Huge Greta Thunberg mural painted on Bristol wall |
Fridays for Future https://www.fridaysforfuture.org/news
European elections 2019: Political climate may boost Greens |